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Futurama conta com DEVO em seu centésimo episódio

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DEVO abre temporada de shows em 2008

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BY KOTl

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Não sabe o que é DEVO? Sabe um pouco e gostaria de saber mais? Quer conhecer alguns detalhes obscuros e curiosidades sobre a real de-evolution band? Leia a biografia escrita por Caio de Mello Martins especialmente para o DEVO Brasil.

 

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home :: coletâneas :: Resenha de Hardcore Devo vol. 2 1974-1977

Hardcore Devo vol. 2 1974-1777 (1991)

Hardcore Devo vol. 2

O dadaísmo em plena forma

Das duas edições da coletânea Hardcore Devo, o volume 2 é de longe o mais inconsistente dos dois. O que significa dizer, também, dono de algumas das músicas mais descompromissadas da banda. Em algumas faixas, Jerry e Mark provam estar no auge, em se tratando de ironia cortante e senso de humor totalmente inclinado ao absurdo.

A coisa aqui se desenrola sem medir palavras ou economizar no vulgar ? é poética de-evolucionária no estado mais cru possível. Como fiel exemplo disso, temos manifestações sempre grosseiras do eu-lírico: "I Need a Chick" já diz o bastante com seu título; "Baby Talkin' Bitches" parece incorporar o espírito do Mick Jagger de início dos anos 60: misógino, sexualmente frustrado e intelectualmente meio rasteiro; "The Rope Song", por sua vez, retrata um homem preso a uma mulher não por amor, mas por uma "corda retrátil", que ele sempre usa para puxá-la quando não tem nada melhor para fazer; e "U Got Me Bugged", uma cacofonia industrial com vocoder, é uma das melhores canções da "época do porão": o amor, da forma mais repugnante possível, é retratado como uma doença contraída por meio de uma praga. O narrador, sob o efeito de um "curto-circuito", é transformado em um verme indefeso, contorcendo-se para deleite do transmissor.

As histórias contadas nas músicas não têm qualquer compromisso com lógica ou eloqüência. No entanto, você sabe que o final aguarda um desfecho quase sempre perverso ou cretino - tão absurdo e irreal quanto um mundo regredido, esgotado pelo espetáculo banal da linguagem do marketing e da indústria de entretenimento. Então, para apimentar mais um pouco a palhaçada, ria o quanto quiser de "Chango", o herói fracassado que culpa a todos por não ter sido amamentado quando bebê; ou, melhor ainda, do relato do narrador de "Fraulein", que é frentista e engana a si próprio tentando nos convencer que seu emprego, alienado e submetido à cobiça da massa de desempregados, é dos mais imprescindíveis do mundo.

Como atrativos, há ainda a paródia idiótica de "The Monkees" (um dos maiores símbolos de bandas-marionetes, simulacros hiper-estilizados) feita em "Goo Goo Itch". Um dos itens fundamentais desse álbum é "Be Stiff", que batizou o primeiro EP da banda em 1977 e conta com ótima letra de Bob Lewis, com aquela linguagem meio lisérgica, aleatória e distópica dos beatniks. Para completar, "Fountain of Filth", que parece contar já com o baterista Alan Myers, é a música mais rápida e contagiante do álbum e assemelha-se, mais que qualquer outra canção dos Hardcore Devo, do tipo de material que seria gravado mais tarde no début.

É evidente que precisamos considerar que este álbum possui 21 faixas, e que há várias faixas dispensáveis, em diferentes graus. Mas, dada a oportunidade de se ouvir repetidamente esse material, o sentimento é satisfatório: esses garotos de Ohio tinham uma cabeça muito astuta, e certamente sabiam adaptar os aspectos mais experimentais do dadaísmo ao seu tempo.

Caio de Mello Martins
02 Jan 2009

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