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home :: discos :: Resenha de Freedom Of Choice

Freedom Of Choice (1980)

Freedom Of Choice

Os robôs suburbanos entram em stand-by... e arranham a Billboard

Isso parece ser um pouco batido, já que todos os críticos que analisaram o Freedom of Choice chegaram à mesma conclusão. Bom, se a coisa funcionou assim, então é um bom indício que seja inegável: Freedom of Choice é um dos álbuns mais marcantes dos anos 80. Não só por ser lançado no ano que inaugurou a década, mas também porque lançou os spudboys em uma nova etapa de suas carreiras, enquanto o público, assanhado com a batida dançante de Whip It, assistia à conversão do Devo em um quinteto de synth pop.

Não acredito que seja apenas uma mera questão de rótulos, feita para saciar a neurose de críticos e classificadores de mente estreita. Neste álbum, Devo mudou radicalmente seu método de composição, principalmente porque abraçaram de vez a influência da eletrônica hipnótica do Kraftwerk. Em álbuns anteriores, a parte eletrônica era parte integral de sua sonoridade, especialmente no sintético e corrosivo Duty Now For The Future. Mas afora a faixa S.I.B. (Swelling Itching Brain), o emprego dos sintetizadores era feito de maneira auto-didata; Mark e companhia não davam a mínima se o resultado fosse dissonante ou atonal. O set guitarra-baixo-bateria, por sua vez, era responsável pelo núcleo melódico da maior parte das composições, enquanto os teclados, coadjuvantes, adicionavam texturas exóticas (é bem verdade, no entanto, que dessa forma Devo já podia se gabar de ser uma das bandas mais excêntricas da história).

Freedom of Choice colocou o uso da eletrônica em um outro patamar. Note que o ritmo deste álbum é extremamente sincopado. Se antes o Devo soava como uma sinfonia instável, frenética, prestes a desabar, em 1980 a banda soava estranhamente muito mais monótono, como se seus cinco integrantes fossem operados por controle remoto. Ademais, traços dos robôs alemães pipocam na estrutura destas doze composições. Desta vez, foi a guitarra que se tornou um elemento coadjuvante, interferindo na melodia com seu timbre abrasivo: o disco inteiro é dominado pelos sintetizadores, que por sua vez, estão muito mais disciplinados. A variedade de texturas ficou mais restrita; o timbre escolhido é seco, preciso. Outras vezes, opta-se por aqueles fraseados de tônica e oitava tão típicos do Kraftwerk (como em Planet Earth, Cold War, Girl U Want e Turn Around).

Essas características castraram um pouco do ímpeto que se via no auge da juventude devoniana. No entanto, essa nova configuração lança a banda num paradoxo: Devo ficou muito mais acessível, justo no momento em que compuseram suas canções mais simplórias e desumanizadas. Neste sentido, a ideologia da de-evolução manteve-se intacta. A performance imaculada dos spudboys, milimetricamente sincronizados, deu a certas canções um feeling contagiante, irresistível. Faixas como It's Not Right, Cold War e Gates of Steel funcionam muito bem com o ritmo marcado do baixo sintetizado de Jerry.

Outra influência bastante aparente no álbum foi Gary Numan, que um ano antes havia conquistado o mundo com seu hit Cars. Com o álbum The Pleasure Principle, o astro britânico concretizou seu projeto de produzir um álbum sem guitarras. A impressionante aceitação do futurismo de Numan sinalizou uma tendência no panorama do cenário pop, em direção ao predomínio nítido dos sintetizadores. Isso se casou perfeitamente com os anseios da banda de, gradualmente, retirar todos os elementos elétricos e acústicos de seu som. A atmosfera fria das harmonias de Numan, sempre em mixolídio (um modo grego que era sua obsessão), foi diretamente injetada em canções do Freedom Of Choice, como a faixa-título e Snowball.

Outra coisa que foi muito desenvolvida neste álbum foram os recursos de percussão eletrônica. Enquanto no Pleasure Principle ela aparece de forma bem limitada e rudimentar, Devo expande bem seu vocabulário, tornando seu ataque distinto para cada música: o imitador de chicote em Whip It; as marcações de sabor bem pop no final de Planet Earth; e o trabalho de percussão eletrônica em Mr. B's Ballroom, com timbres em cascata - simplesmente a cereja do bolo.

Outro aspecto elogiado em Numan foi sua iniciativa de tornar a música eletrônica dançante, com a colaboração de Cedric Sharpley, um baterista que adicionou groove ao conjunto. No Freedom of Choice, Alan Myers teve que se superar (com sucesso) para embalar um molejo à máquina de-evolucionária - quem conhece Devo já deve imaginar que não foi tarefa fácil! That's Pep, Whip It, Snowball e Freedom Of Choice são músicas que apostam em uma batida precisa, mas cheias de contratempos, que amenizam a rigidez geral da melodia com uma maior dose de fluidez.

O resultado, como todos sabem, foi favorável: Whip It é até hoje o maior sucesso da banda, e seu single (Whip/Turn Around) vendeu mais de 1 milhão de cópias, batendo o 14º lugar na Billboard. Os clipes de Girl U Want e Freedom Of Choice (respectivamente, o lado A do single Girl U Want/Snowball e o lado B do compacto Snowball/Freedom Of Choice) ganharam boa exposição na incipiente MTV e fixaram na mente de muitos a imagem que o público ainda retém do Devo. Em suma, o disco certo na época certa, que contou com fontes de inspirações certeiras e com um baita produtor por trás da mesa de som - Robert Margouleff, reconhecido por seu trabalho com Stevie Wonder. Quer mais?

Caio de Mello Martins
16 Mai 2008

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